O Jardim Botânico da Madeira desenvolveu esta acção de reforço populacional pelo facto de ter plantas obtidas por semente provenientes destes espécimes naturais. Para que os presentes ficassem a saber mais sobre esta planta, foi dada informação aos presentes, pelos técnicos do Jardim Botânico.
«O dragoeiro (Draceana draco subesp. draco) é uma árvore endémica da Macaronésia * da família das agaváceas que pode atingir 15m de altura.
Na Madeira o dragoeiro é muito raro na natureza, existindo apenas 3 espécimes na vertente Este do vale da Ribeira Brava. A regeneração natural da população é praticamente nula (existe 1 espécimen pequeno junto às plantas adultas que são 2), supostamente porque os animais (coelhos, ratos, aves) comem as sementes, ou porque o habitat natural está ocupado por espécies exóticas invasoras. Por outro lado, a frutificação ocorre com pouca frequência (a última ocorreu em 2003), sendo outro factor potenciador da raridade desta espécie na natureza. A conjugação destes factos podem conduzir à sua extinção no arquipélago da Madeira, sendo por isso imprescindível a tomada de medidas de conservação adequadas.
Neste sentido, esta popu-lação tem sido alvo de acções de conservação ex situ e in situ por parte do Jardim Botânico da Madeira. As acções ex situ envolvem colheita de sementes, conservação em Banco de Sementes e propagação seminal em viveiro. (…)”
(…) Este tipo de acção tem como objectivo final o estabelecimento de uma população natural estável e que se auto-perpetue a longo prazo. (…)
(…) Foram colhidas sementes da população existente na natureza em 2003 e feito sementeira ex situ. Neste momento, o Jardim Botânico da Madeira possui 10 plantas com 6 anos de duração.(…)
(…) Os terrenos onde ocorre a população natural bem como a acção de reforço são privados. Neste sentido foi contactado um dos proprietários, o qual concordou com a acção. (…)
(…) O sucesso da acção requer a elaboração de um plano de monitorização a
médio e a longo prazo. Neste sentido é necessário considerar o seguinte:
- monitorizar a eventual acção de roedores no estabelecimento de novas plantas;
- controlar crescimento de eventuais espécies invasoras;
- continuar a monitorização das plantas adultas de modo a obter mais sementes e plantas para expandir a área intervencionada através de mais acções de reforço. »
Fonte: Documento entregue aos presentes, Jardim Botânico da Madeira
No final da acção, foi visível a satisfação de todos os presentes, pelo facto de terem contribuído para o enriquecimento, do património biológico da Rª Brava e da Região Autónoma da Madeira.
* Macaronésia - Arquipélagos do qual fazem parte: Madeira, Açores, Canárias e Cabo Verde
Prof. Sílvio Jesus
Sem comentários:
Enviar um comentário