terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Meiose - Fonte de variabilidade genética

Em termos evolutivos, a reprodução sexuada representa a capacidade que os seres conquistaram para produzir diversidade genética. Contribuem para esta diversidade genética, por um lado, os processos que ocorrem durante a produção de células haplóides (n) e por outro lado, os processos associados à fecundação, que permitem a produção de novos indivíduos diplóides (2n). O facto de cada espécie ter um número constante de cromossomas implica que, em qualquer ciclo de vida com reprodução sexuada, seja indispensável a existência de um processo celular compensatório da fecundação, durante o qual o número de cromossomas se reduza para metade. Esse processo, que permite a manutenção do número de cromossomas em qualquer ciclo de vida, é a meiose. (ver vídeo)As células do organismo “soma” (2n=46) sofrem mitoses sucessivas por forma a substituírem as células velhas que terminaram o seu tempo de vida. A produção de gâmetas (gametogénese) ocorre somente em células especializadas (linha germinativa). Os gâmetas são células reprodutoras haplóides (n) isto é, contêm metade do número de cromossomas, porém têm origem nas células diplóides (2n) da linhagem germinativa. Por exemplo, na espécie humana a constituição cromossómica (cariótipo) é de 46 cromossomas: 44 autossomas + XX ou XY, isto é, pares de cromossomas, materno e paterno. As células diplóides (2n=46) que se encontram nos órgãos reprodutores (esporófitos nas plantas e gónadas nos animais), sofrem duas divisões consecutivas (uma reducional e outra equacional) por forma a obterem células com metade do número de cromossomas da espécie (células haplóides n=23 - gâmetas ou células reprodutoras).

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